O conhecido site "Pop Justice" publicou neste domingo (21/12), um artigo questionando a mudança de Lady Gaga do gênero pop para o jazz e comentando sobre o quanto a Gaga pop faz falta.Abaixo, você pode conferir o artigo traduzido:
Em 2008, Lady Gaga era a melhor popstar do mundo.
Em 2009, Lady Gaga era a melhor popstar do mundo.
Em 2010, Lady Gaga era a melhor popstar do mundo.
Em 2011, Lady Gaga era a melhor popstar do mundo.
Em 2012, Lady Gaga era a melhor popstar do mundo.
Em 2013, Lady Gaga ainda era apenas a melhor popstar do mundo.
Em 2014, Lady Gaga lançou um álbum de jazz.
Exceto que na verdade, não era realmente um álbum de jazz de Lady Gaga. Um álbum de jazz de Lady Gaga teria visto Lady Gaga fazendo no jazz o que ela fez no pop: identificando as melhores batidas, inventando algumas batidas até melhores, transformando a coisa toda de dentro para fora e emocionando o mundo.
O álbum de duetos de Lady Gaga e Tony Bennett, "Cheek To Cheek", não foi algo que fez jus aos valores da marca de Gaga. Quando você considera quão experimental, vanguardista e incrivelmente insano o jazz pode ser, e quando você considera quão incendiário poderia ter sido adicionando Lady Gaga à mistura, o álbum que ela lançou é quase ofensivamente normal.
Nós continuamos a ler coisas sobre "Cheek To Cheek" ser um ato corajoso. Não soou muito corajoso pra nós. O que tem de corajoso em lançar um álbum de covers de fácil audição no último trimestre do ano no mercado da música?
Com isso dito, Gaga tem que fazer um álbum que ela possa estar realmente apaixonada por ele, e como qualquer pessoa que segue ela no Twitter pode dizer, ela estava emocionada com as boas críticas que o álbum recebeu dos críticos estimados. Onde está o problema nisso?
Vários anos atrás, Lady Gaga fez uma promessa: "POP MUSIC WILL NEVER BE LOWBROW". É difícil ver onde isso se encaixa com "Cheek To Cheek", um álbum através do qual Lady Gaga estava aparentemente tentando ser levada a sério, em certas circunstâncias, pela primeira vez. A ideia, na medida em que nós pudéssemos compreendê-lo, foi que "Cheek To Cheek" nos permitiria ver o verdadeiro talento de Lady Gaga brilhar.
Não temos certeza de que essa é a Lady Gaga pela qual nos apaixonamos. A Lady Gaga pela qual nos apaixonamos diria "foda-se" a qualquer um que só a levou a sério quando ela aderiu às noções conservadoras de talento e arte. Ela dizia "foda-se" a qualquer um que considerou "Bad Romance", "Alejandro" ou "Poker Face" de algum modo indignas de atenção crítica rigorosa simplesmente porque eram canções pop. E ela dizia: "foda-se" a qualquer um que elogiasse seus talentos vocais apenas porque eles estavam sendo usados longe de uma bateria eletrônica.
Talvez tenhamos errado no início. Talvez ela estava apenas usando o pop para chegar em outro lugar, quando nós pensamos que ela estava usando o pop para fazer parecer um lugar melhor. Talvez a Gaga pela qual nos apaixonamos nunca tenha existido.
Na verdade, isso é besteira. Estamos absolutamente certos de que ela existiu. E enquanto alguns não a consideram mais importante, sentimos com toda a certeza que a Lady Gaga, que já dominou o planeta um dia, vai existir novamente. Não temos certeza de quando isso vai acontecer, mas sabemos que ela estaria de volta no jogo muito mais cedo se tivesse levado um ano viajando ao invés de liberar "Cheek To Cheek".
