Em entrevista DJWS fala sobre sua amizade com a Gaga e a criação de “Do What You Want”

Por: Denison

25/07/2015



Em entrevista para o site "A Drink With", DJWS  fala sobre sua amizade com a Lady Gaga e o processo de criação de “Do What You Want”. Confira:

Você produziu o álbum “Born This Way” e o “ARTPOP”, de Lady Gaga. Me explique sobre quando o diretor de criação da Gaga se aproximou de você na primeira vez, em L.A., em uma boate que você estava tocando.


Eu não tinha idéia que ele era alguém. Era apenas um cara usando um boné da Sox. Ele é de Chicago também. Eu estava tocando e ele disse: “Ei, o que é isso?”, eu estava tocando um Techno antigo, tipo House clássico. As pessoas estavam dançando. Essa noite em particular que tive foi em um domingo à noite e estava tocando na SBE [companhia de entretenimento]. Nessa época, eles estavam promovendo e possuindo boates. Eu trabalhei em vários dos estabelecimentos deles, mas eu estava tocando praticamente a mesma coisa que todos estavam tocando. Eu não era legal e estava muito próximo ao mainstream. Sempre digo: “Eu quero fazer algo estranho em algum lugar”. E, finalmente, eles disseram: “Domingo à noite, no Hyde. Nós vamos deixar você fazer algo estranho e veremos o que você irá apresentar”. Eu toquei hip-hop clássico, Techno clássico, house clássico, algumas coisas novas, por aí. Mas, na maior parte do tempo, o pessoal adorou. Pessoas famosas começaram a aparecer e aí se tornou um bom lugar para ir. As pessoas sempre se aproximavam de mim e falavam coisas tipo: “Eu trabalho na HBO”, ou “Nós queremos que você toque numa festa na casa do Seth MacFarlane”. Então, essa criança veio até mim, era um cara legal e nós acabamos conversando. Resumindo, eu mostrei algumas coisas pra ele e nós acabamos como amigos. Três meses na estrada ele disse: “Estou participando do setor criativo de Lady Gaga e se algo aparecer te chamarei”. Dois meses depois ele ligou.




































Você consideraria que essa foi sua grande chance? 
Você tem uma série de boas chances. A chance, depois outra, depois outra, você sabe. Não é como se acontecesse do nada.

Qual o melhor drink que você teve que aconteceu por causa de sua carreira?
Eu já sei qual é. Estava em Londres quando Chris Martin e Jay Z perfomaram na cerimônia de fechamento nas Paraolimpíadas de Londres. Depois, eles tinham uma festa no restaurante “The Arts Club”, então fui com a Gaga. Antes de qualquer coisa, eu amo Jay Z como um artista e ser humano. Ele é um indivíduo fantástico.  Eu raramente fico animado para essas coisas, mas eu estava tão animado para ir e a Gaga é uma incrível para acomodar e ajustar as coisas. Ela falava: “Eu irei sentar aqui, você ali e o Jay Z lá”. Então, eu estava sentado próximo ao Jay Z e ele servindo bebidas para as pessoas. Estava sentado ali junto com a Gaga, Chris Martin, Gwyneth Paltrow, Rihanna, talvez o Rick Ross e o Jay. Estava sentado em uma mesa e pensando que este seria o melhor dia de todos! Todos estavam bebendo e eu apenas tentando conversar com o Jay Z o tempo todo. Conversamos sobre coisas legais, super legais e apenas bebendo.

Você estava nervoso?
Não, mas essa é a melhor parte. A música estava obsoleta. Era terrível. Gaga fala pra mim, como uma chata: “Dê seu telefone para eles, deixem que toquem sua mixtape”. Eu disse: “Eu não tenho nenhuma mixtape”. E aí o Jay Z disse: “Você é um DJ e não tem nenhuma mixtape?” Na hora procurei no meu soundcloud e eu tinha um pouco de trap mix no meu celular e o dei para o segurança que colocou para tocar. Tocou Chief Keef, Soulja Boy e um hip-hop sujo. Mudou toda a vibe da festa. Todos estavam dançando e se divertindo. “Este é o melhor dia da minha vida toda”, eu pensava. Jay Z estava curtindo minha mixtape; eu estava bebendo whiskey e curtindo com o Chris Martin e Gwyneth Paltrow! A Gaga vira pra mim e diz: “Temos que ir”. Nós acabamos indo porque ela estava em tour, mas aqueles foram os melhores 45 minutos da minha vida.

Parece que você tem uma relação especial com a Gaga. Porque acha que vocês dois se deram bem?
Acho que o motivo o qual nos demos tão bem no começo foi porque eu estava preparado para me sair muito mal. Eu tinha expectativas de me sair muito mal e eu me saí bem. Quando nos conhecemos eu genuinamente gostei dela como pessoa.

Conte-nos algo sobre fazer músicas com a Gaga que ninguém mais sabe.
Estou pensando em algo que não me dê problemas! Existem tantas estórias. Eu tenho 100 versões diferentes para algumas músicas. Eu tinha algumas idéias para singles e que não utilizamos. Acredito que toda música tem uma estória interessante por trás dela. Todas as músicas que já fizemos juntos  estávamos na estrada juntos. Como escritora, ela sempre escreve melhor quando está fazendo shows, interagindo com pessoas todos os dias, escrevendo por trás das câmeras, escrevendo nos hotéis e no ônibus. Algumas das coisas literalmente são de conversas. Estamos bebendo, alguém fala algo e a Gaga diz: “Cacete!” e escreve e aí se torna parte de uma ótima música.

Como foi pedir para o R. Kelly cantar na sua música?
“Do What You Want” é a música mais estranha que já criei em toda a história. É, também, a minha música favorita. Primeiro, a Gaga tinha feito ela sozinha e um pouco antes de terminar a música tivemos que mudar tudo em duas semanas, juntamos isso a algo recente que o R. Kelly fez. Eu pensei que devia ligar pra ele e ver se ele gostaria de participar da música para ver como soaria. Eu perguntei para a Gaga: “Se eu ligasse para o Rob (R. Kelly) e perguntasse se ele toparia fazer isso, você estaria interessada?”, ela respondeu: “Sim.”. Liguei para ele e ele não respondeu. Liguei para seu agente, ele atendeu e eu perguntei: “Você pode ligar para o Rob?”, ele respondeu: “Ele está dormindo”. Eu disse: “Eu tenho algo muito bom, acorda ele”. Literalmente 10 minutos depois ele me ligou e eu disse que nós estávamos no estúdio com a Gaga e eu tinha uma música que eu gostaria muito de mandar pra ele. Eu disse que ele poderia fazer o que quisesse. Ele disse: “Okay”, e enviei para ele. Nós  terminamos um monte de trabalho no estúdio. Voltei para o meu hotel, acordei pela manhã e eu já tinha a música no meu email. Ele mandou pela manhã com todos os ad-libs (versos espontâneos, improvisos). Eles estavam no ônibus da turnê e eu não faço idéia como eles fizeram isso.  Eu ouvi aquela música filha da puta umas 25 vezes pela manhã. Eu nem liguei para a Gaga. Eu ouvi sozinho no hotel Andaz em Los Angeles e você pode ver toda a Hollywood por lá.

QUE MOMENTO!
Estava sentado, tocando num sistema de speaker, o som explodindo e eu chorando. Eu fiquei super animado. Levei para ela e toquei no estúdio. Ela adorou, ligamos para o Rob e falamos: “Iremos usá-la! Não mude nada, nós usaremos do jeito que está”. Assim que R. Kelly funciona. Poucas pessoas trabalham desse jeito. O Pitbull, caso o Pitbull o mande algo, é perfeito do jeito que ele faz.

Você foi ao recente show do Jay-z?
Eu o vi em Detroit. Tomamos shots de tequila com Jay Z e a Gaga nos bastidores. Foi bastante sólido. Na verdade, ele não tomou as shots. Eu e a Gaga que tomamos. Acho que ele estava sóbrio naquele momento.


TRADUÇÃO: rdtgaga.com

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